Programas de treinamento para pais de crianças com TDAH frequentemente começam com ampla divulgação de informação.
Existe uma grande quantidade de livros, vídeos e fitas disponíveis, com dados a respeito do transtorno em si e de estratégias efetivas, que podem ser usadas por familiares.
A lista que segue revê alguns pontos, de uma série de estratégias, que podem ajudar os pais de crianças com TDAH:
Mandamentos
Estudo
Regras do dia-a-dia
Casa
Comportamento
Pais
Lembre-se sempre
Dicas para Pais - Associação Brasileira do Déficit de Atenção (tdah.org.br)
É fundamental lembrar-se que, com ou sem TDAH, cada aluno é único e tem necessidades distintas, assim, nem todos os itens serão necessários para todos os alunos.
É a dedicação do educador, a proximidade dele com cada aluno, que revelará quais e quantas destas dicas trarão o benefício esperado.
Ajustes e Adaptações Básicas
As configurações a seguir são essenciais para ajudar as crianças com TDAH na sala de aula:
Ajustes e intervenções específicas
No ambiente
Organização
Comunicação e trabalho em equipe
Gestão em sala de aula
Ensino e avaliação
Fontes:
Sandra F. Rief M.A., Julie A. Heimburge – “How To Reach & Teach All Students in the Inclusive Classroom: Ready-to-Use Strategies Lessons & Activities Teaching Students with Diverse Learning Needs” J-B Ed: Reach and Teach – Paperback
Segundo pesquisas realizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) afeta mais de 2 milhões de brasileiros. Apesar da relevância desse número, a discussão sobre o TDAH ainda é insuficiente, resultando em muitas crianças com o transtorno não sendo devidamente compreendidas ou assistidas.
Muitas vezes, a desinformação pode levar a estigmas e discriminação, prejudicando o desenvolvimento e a autoestima desses alunos. O blog Novos Alunos, do Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), examina como um ambiente educacional adequando tem um papel decisivo no desenvolvimento desses estudantes. Continue a leitura e saiba mais.
TDAH é a sigla para Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Em geral, o transtorno tem origem genética e surge ainda na fase da infância, por mais que o diagnóstico possa vir depois dela.
Além do fator hereditário, o TDAH também pode ser estimulado pelo uso de substâncias, como a nicotina e o álcool durante a gravidez, por sofrimento fetal durante o parto e, até mesmo, por convivência em ambientes conturbados, entre outros fatores. O transtorno é dividido em tipos, que têm sintomas distintos e afetam as crianças de formas diferentes.
Crianças com TDAH do tipo desatento têm dificuldade para focar na execução das atividades diárias. Isso faz com que qualquer estímulo externo, por menor que seja, disperse a atenção do pequeno.
Alguns sintomas comuns são:
• pouco interesse por projetos iniciados: a criança não consegue se envolver de maneira profunda com os projetos que inicia, abandonando tarefas pela metade;
• hiperfoco: excesso de foco em assuntos de maior interesse, como jogos eletrônicos;
• falta de organização: dificuldade em manter a ordem em qualquer esfera da vida, seja com objetos pessoais, seja com métodos de estudo;
• “perda do fio da meada” em conversas: o famoso “branco” durante uma explicação ou conversa pode ser algo recorrente para quem tem esse tipo de TDAH.
Quando a criança é excessivamente agitada e não consegue ficar parada, é muito ansiosa, impaciente e, até mesmo, apresenta episódios de agressividade, pode sofrer de TDAH do tipo hiperativo-impulsivo.
Contudo, crianças normalmente possuem muita energia. Por isso, é importante conhecer bem os sintomas para não provocar confusões:
• comportamento explosivo: qualquer problema pode gerar irritação e, até mesmo, reações explosivas e agressivas;
• baixa tolerância aos erros alheios: uma criança com TDAH se irrita com facilidade diante dos erros dos outros;
• conversa em excesso: falar sem parar, muitas vezes, sem focar num assunto específico, pode ser um sinal de alerta para TDAH;
• facilidade em desenvolver vícios: na infância, a criança com TDAH pode desenvolver vícios em jogos, dispositivos eletrônicos e outros.
É possível, ainda, sofrer de uma combinação desses dois tipos. Nesse caso, a criança apresenta sintomas, tanto do tipo desatento quanto do tipo hiperativo-impulsivo, cada um deles podendo se manifestar em maior ou menor intensidade.
É importante pontuar que o diagnóstico de TDAH deve ser dado por um médico, pois ter um, ou até mais de um, dos sintomas listados anteriormente não é garantia de que a criança ou jovem possuam tal transtorno.
No passado, por falta de informação a respeito do transtorno, frequentemente, um aluno com TDAH na escola era classificado como indisciplinado, bagunceiro e outros estereótipos que só agravavam o quadro. Hoje em dia, contudo, o tema é cada vez mais presente e discutido no ambiente escolar.
O papel da escola, nesse sentido, é sempre fazer o possível para identificar possíveis casos de TDAH entre os seus alunos e promover ações para agilizar o tratamento. Para isso, o colégio pode organizar palestras e outras ações para orientar os professores quanto aos sinais de atenção para o transtorno durante as aulas e, até mesmo, educar as famílias para que também consigam buscar auxílio médico para investigar a existência do transtorno a partir da verificação de determinados sintomas em alguns casos.
Por conta do seu principal sintoma, a dificuldade de atenção e foco nas tarefas, a queda de desempenho acadêmico é uma das principais características do TDAH na escola. Crianças que sofrem do transtorno não conseguem acompanhar o ritmo dos colegas de classe, perdendo o interesse pelos estudos com facilidade e, inclusive, tendendo à evasão escolar.
Nesse sentido, a escola dos seus filhos deve não somente estar atenta aos estudantes com dificuldades, como também deve tomar atitudes que ajudem as crianças a manter o ritmo e a superar os obstáculos no aprendizado, como as que listamos, a seguir.
Ao notar sintomas de TDAH nos estudantes, os professores, com o apoio da escola, podem adaptar os métodos de ensino para ajudar a criança a manter o foco nas atividades escolares.
Mantê-la próxima da mesa do professor para garantir a completa atenção durante as aulas é um exemplo interessante. Isso evita distrações e permite que o professor traga a criança de volta para o foco quando ela dispersar.
A monotonia durante as aulas facilita a dispersão do aluno com TDAH na escola. Por isso, desenvolver práticas pedagógicas que tornem a aula mais interessante ajuda a conquistar a atenção desses alunos e diminui as chances de dispersão.
Para isso, o professor pode investir em assuntos de interesse desses alunos, como os jogos eletrônicos, combinados aos temas a serem trabalhados durante as aulas. Essa estratégia é chamada de gamificação e já apresenta resultados expressivos no aprendizado.
Personalizar o ensino ajuda crianças com TDAH na escola a manterem o nível de aprendizado alinhado com o dos demais estudantes. Assim, o professor evita que elas se sintam menos capazes por não conseguirem executar as atividades como deveriam, estimulando a sua autoconfiança.
É possível, por exemplo, incentivar atividades que exijam mais comprometimento criativo do que esforço mental, sempre que possível. As opções incluem:
• atividades de recorte e colagem;
• apresentações de dança ou teatro;
• aulas interativas;
• gincanas educativas.
Ao identificar os sintomas ou mesmo serem informados pela escola a respeito da possibilidade de TDAH em seus filhos, o papel dos pais é o de buscar auxílio médico para chegar a um diagnóstico preciso. Dessa forma, será mais fácil identificar as necessidades da criança e pensar no melhor tratamento para ela.
Além disso, o reforço positivo, ou seja, os feedbacks, ajudarão a criança a entender o que está fazendo de correto ao ser reconhecida por isso, e a descobrir o que foi feito de errado quando o erro acontecer, sempre oferecendo suporte nesse momento a ela.
O TDAH na escola pode ser desafiador para as crianças e para os docentes. Contudo, com a devida orientação e apoio pedagógico, todos estarão preparados para tomarem as melhores atitudes para o bom desenvolvimento dos pequenos que sofrem de tal transtorno, sempre com foco no seu bem-estar.
Saiba como a escola pode ajudar crianças com TDAH (catracalivre.com.br)
O autismo está associado principalmente a crianças, mas às vezes a pessoa chega à fase adulta sem ainda ter o diagnóstico.
Os sintomas de Transtorno do Espectro Autista (TEA) são diversos e variam muito de pessoa para pessoa e também conforme o tipo. Os sinais estão presentes na infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam a capacidade da pessoa na fase adulta.
O DSM-5 — Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicado pela American Psychiatric Association, a maior associação no campo da psiquiatria, classifica o TEA como transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos.
Sinais de autismo
Como o autismo é um transtorno do espectro, pode variar de muito leve a muito grave e ocorrer em todos os grupos étnicos, socioeconômicos e etários.
De acordo com OMS, Os homens são quatro vezes mais propensos a ter autismo do que as mulheres. Algumas crianças com autismo parecem normais antes de 1 ou 2 anos de idade e, de repente, “regridem” e perdem a linguagem ou as habilidades sociais que haviam adquirido anteriormente. Isso é chamado de tipo regressivo de autismo.
Alguns das manifestações típicas podem estar relacionadas aos seguintes aspectos:
Sentimentos
Construir amizades e relacionamentos românticos é muito difícil para pessoas autistas. Eles não entendem as emoções de outras pessoas e não conseguem expressar adequadamente as suas próprias.
Interação social
Eles costumam ter dificuldade de perceber as nuances da entonação de fala de terceiros, tendendo a interpretar tudo ao pé da letra e não percebem ironias ou piadas com duplo sentido. Também não costumam compreender a comunicação não verbal, como gestos, linguagem corporal e expressão facial.
Hábitos e rituais
Alguns autistas têm um apego excessivo a rotinas, padrões ritualizados de comportamento verbal e não verbal e resistência a mudanças.
Interesses específicos
É comum o autista ter interesses e ser extremamente focado em um assunto específico. Pode ser em música, jogos, tecnologia, personagens, etc. É o que se chama hiperfoco.
Talento especial
Justamente por conta do hiperfoco, muitos acabam se especializando em determinadas assuntos e áreas de conhecimento, demonstrando ter talentos excepcionais. Alguns são bons em matemática, outros aprendem idiomas em tempo recorde.
É importante dizer que os critérios diagnósticos destinam-se a profissionais de saúde mental. Pessoas que não são especialistas não estão aptas para diagnosticar usando os critérios do DSM-5.
Como identificar sinais de autismo em adultos (catracalivre.com.br)